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Bullying - Parece brincadeira, mas não é!

BULLYING: Parece brincadeira, mas não é!

Larissa Werneck

 
Você já deve ter percebido que no seu grupo de amigos – seja na escola, no prédio ou na rua em que você mora – cada um possui uma característica diferente. Um é mais baixo, outro, mais gordo, uma usa óculos, outro é ruivo, uns são tímidos e outros falam pelos cotovelos. Por causa dessas características, é comum surgirem brincadeiras de mau gosto e apelidos maldosos que criticam desde os aspectos físicos até a maneira como o outro se veste. Alguns exemplos são: “rolha de poço”, “quatro-olhos”, “ferrugem”, “girafa”, entre outros. Mas, muitas vezes, essas simples brincadeiras ultrapassam o limite e perdem a graça. Dos apelidos surgem outras formas de intimidação e humilhação que causam constrangimento.

Para esse tipo de comportamento, comum entre jovens e adolescentes, os americanos deram o nome de bullying. O termo não possui tradução em português, e nós brasileiros passamos a utilizá-lo para descrever atitudes praticadas por uma ou mais pessoas que têm o objetivo de intimidar e humilhar alguém ou um grupo mais fraco.

Muito combatido por professores e educadores, o bullying não é atual. Mas suas consequências são maiores do que imaginamos. Segundo Maria Apparecida Mamede, pedagoga e doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), quem sofre o bullying acaba desenvolvendo mecanismos de defesa para se afastar do problema. “O adolescente passa a evitar atividades sociais, como ir a festas, por exemplo. É comum também percebermos uma piora do desenvolvimento escolar desse aluno”, explica. Ainda segundo Maria Apparecida, o bullying precisa ser denunciado. “Quem sofre o bullying costuma fingir que nada está acontecendo. Por isso, é preciso que a vítima seja encorajada a enfrentar a situação e que converse com seus responsáveis. Caso o bullying ocorra no ambiente escolar, a direção, a coordenação e a orientação também precisam ser comunicadas, diz.

Cyberbullying

Orkut, Facebook, Msn, Twitter. Todas essas redes sociais fazem parte do nosso dia a dia. Nelas podemos manter contatos com os amigos da escola, postar fotos, enviar links, criar comunidades sobre a nossa banda predileta, etc. No entanto, muitas pessoas utilizam essas redes como meios de fazer bullying.

Esse tipo de bullying, praticado na internet, é chamado de cyberbullying. O cyberbullying pode, então, ser definido como “atitude que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar outrem”. Ou seja, no cyberbullying utiliza-se da tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém por meio das novas ferramentas de comunicação. Ele pode ser visto em comunidades criadas com o objetivo de ofender e xingar pessoas, na manipulação de fotos e nos e-mails ofensivos que invadem o espaço íntimo da vítima.

Umas das mais graves características do cyberbullying é o anonimato, já que as chances de descobrir o autor das ações são muito menores no ambiente virtual. “Quem pratica o cyberbullying é covarde”, afirma a professora Maria Apparecida Mamede.

Tudo tem seu preço

De acordo com a delegada Hellen Sardenberg, da Delegacia de Crimes Virtuais do Rio de Janeiro, algumas formas de bullying realizadas no espaço virtual podem configurar crimes contra a honra, como injúria, quando se ofende a honra subjetiva de outra pessoa; calúnia, quando acusamos alguém injustamente e difamação, quando ofendemos a reputação de outro na sociedade. Em casos extremos o bullying deve ser tratado como crime e, no ano passado, a delegacia recebeu três denúncias. Pode parecer pouco, mas para a delegada “esse número é alto para um fenômeno recente. No entanto, antes de levar o caso à delegacia é importante que o problema seja debatido, primeiro, em casa ou no ambiente escolar”, explica Hellen Sardenberg.

Segundo a delegada, se o autor do bullying for menor que 18 anos ele responderá à infração de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, podendo ter como pena desde uma advertência até a internação em centros de recuperação. “É dever dos responsáveis e da escola evitar o problema. A primeira educação vem da família. Os responsáveis devem estabelecer limites do que o jovem pode ou não fazer na internet. E a escola também se torna responsável a partir do momento em que o bullying for feito dentro do ambiente escolar”, afirma Hellen.
Um caso ocorrido recentemente em Rondônia mostra que a internet está na mira das autoridades. O Tribunal de Justiça do estado propôs uma ação em defesa de duas jovens menores de 18 anos que foram alvo de cyberbullying em comunidades do Orkut. A Google, empresa criadora da rede social, foi condenada por danos morais e terá de pagar uma multa diária de 5 mil reais referente aos dias em que as comunidades estiveram no ar. Além disso, a empresa foi obrigada a identificar os moderadores e participantes que postaram os comentários ofensivos.

O que aconteceu em Rondônia reflete a importância de agirmos com ética e respeito às diferenças, mesmo no ambiente virtual. “O cyber espaço serve de suporte tanto para o bem quanto para o mal. No caso do cyberbullying ele é utilizado para o mal”, finaliza a pedagoga Maria Apparecida Mamede.

Fonte: www.multirio.rio.rj.gov.br

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Neste mês de abril, será desenvolvido no Colégio Estadual Padre Manuel da Nóbrega o projeto "NÃO ABRAM ALAS PARA O MOSQUITO DA DENGUE VOAR", elaborado pelas professoras Patrícia Rebello e Rosana Costa. Através de palestras e atividades lúdicas, as alunas do 4° Ano do Curso Normal realizarão um trabalho de orientação e prevenção da dengue com os alunos do 1° segmento do Ensino Fundamental. O objetivo é transformar os alunos em agentes multiplicadores na conscientização da comunidade em que vivem sobre o combate à dengue, exercitando a cidadania.

Mural feito pelas alunas do 4° Ano Curso Normal

Palestra sobre a dengue
RECEITA DE REPELENTE CASEIRO CONTRA A DENGUE

Ítens:

Meio litro de álcool líquido

10 g de cravo da índia

100 ml de óleo corporal ( óleo de amêndoas por exemplo)


Em um primeiro recipiente:

Primeiramente misturar o álcool com o cravo – deixar durante 4 dias e sacudir a mistura pela manhã e a noite.


Depois pegar a mistura e colocar em outro recipiente- sem o cravo ( coar o cravo) porque só se quer o líquido. Depois adicionar 100 ml de óleo corporal e dar uma sacudida final.

Atividades no LIED - Projeto Dengue

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27/04/2011

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Integração de mídias e a reconstrução da prática pedagógica


A questão da tecnologia tem causado um grande impacto na escola, exigindo-se do educador novas perspectivas que reflitam em sua prática pedagógica. Porém, frente a este impacto, a postura pedagógica de muitos professores ainda não mudou e com isto seus preconceitos em relação "ao diferente" fazem da escola um local que limita a imaginação criadora, a consciência crítica e consequentemente o desenvolvimento global das inteligências. E quando pensam que mudaram, foi somente no exterior; a disposição, os equipamentos, os conteúdos e atividades, quando sofrem alguma mudança, esta é de ordem estrutural pois, no íntimo, continuam vendo seus alunos como repositórios, é uma via de mão única onde o professor ensina e o aluno que for capaz, aprende. É esta concepção de educação que ainda norteia os objetivos e os caminhos utilizados na prática educativa.

Cabe ressaltar que os currículos escolares ainda se estruturam fragmentadamente, baseados na aquisição de um conhecimento compartimentalizado e muitas vezes seus conteúdos são de pouca relevância para os alunos. Os currículos organizados pelas disciplinas tradicionais isoladas, aplicadas ao aluno sem nenhuma ligação entre si e desvinculadas da vida concreta, o conduzem apenas a um acúmulo de informações que de pouco ou nada valerão na sua vida profissional, principalmente porque o desenvolvimento tecnológico atual é de ordem tão variada que fica impossível processar-se, com a velocidade adequada, a esperada sistematização que a escola requer.

Com a exigência cada vez mais clara da necessidade de se superar a fragmentação do conhecimento, surge no processo ensino-aprendizagem a questão da inserção das novas tecnologias no currículo escolar. A TICs são mostradas como ferramentas que os docentes e os alunos possuem à disposição para busca e produção do conhecimento, na construção de um processo educativo que ultrapasse os limites da dimensão transmissora de conteúdos. Neste contexto, o professor não é mais aquele que detém o conhecimento e o transmite, mas sim um mediador do processo de construção dos conhecimentos. Nesta nova dinâmica educacional, através de programas de formação continuada, o professor promove a reconstrução do conhecimento e de sua prática por meio de referenciais pedagógicos que viabilizem a integração das mídias, pois saber como usar pedagogicamente as mídias é conhecer as especificidades dos recursos midiáticos e incorporá-los aos objetivos didáticos, enriquecendo desta forma as situações de aprendizagem vivenciadas pelos alunos.

O avanço de propostas curriculares que destacam o trabalho com projetos passa pela reconstrução do cotidiano do educando fazendo com que este vivencie e se envolva no processo de construção coletiva do saber, de atitudes e posturas, valorizando desta forma o aprendizado para uma cidadania crítica. A Pedagogia de projetos surge da necessidade de desenvolver uma metodologia de trabalho pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem.

O projeto exige dos alunos cooperação, troca de informações, incentivo ao trabalho em grupo, além de auxiliá-los a ganhar experiência em obter informações e expor suas idéias. Os alunos possuem ativa participação por meio de diferentes recursos e atividades permitindo a estes perceberem as várias e amplas possibilidades de buscar informações além de entrar em contato com visões diversas sobre um mesmo tema.O trabalho com projetos viabiliza uma construção coletiva do conhecimento pois para responder as questões ou hipóteses levantadas, o grupo precisará se organizar, definir as estratégias de ação, papéis, tarefas e atividades.

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Por Patrícia Rebello (Professora SEEDUC/RJ)
Texto apresentado na disciplina "O professor e a prática pedagógica com integração das mídias" da pós-graduação em Tecnologias em Educação da PUC/RJ- ANO DE 2010


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